Costocondrite
Costocondrite (também chamada de síndrome costoesternal, síndrome da parede torácica, síndrome da parede torácica anterior, ou condrodínia paraesternal) é uma causa relativamente freqüente de dor torácica anterior. Dor recorrente nas articulações costo-condrais (no centro do peito, onde as costelas se juntam ao esterno) é a principal queixa, e é geralmente desencadeada por certos movimentos do tórax, como extensão da coluna cervical ou tração posterior dos braços estendidos, pela palpação das articulações ou por tosse ou inspiração profunda. O acometimento de mais de uma articulação é freqüente, principalmente da 2ª à 5ª articulação conto-condral e/ou costo-esternal. As causas não são bem estabelecidas, mas a freqüente presença de uma história de tosse excessiva ou pequenos traumas sugere um processo mecânico simples, de traumas / sobrecarga gerando inflamação.
Síndrome de Tietze
A síndrome de Tietze é caracterizada principalmente por dores na parte superior do tórax, na região do esterno, geralmente entre a segunda e a terceira costelas. As dores, às vezes agudas, surgem por surtos, que podem parecer um beliscão, muitas vezes potencializado por certos movimentos.
Aqui há inchaço, dor espontânea e dor à palpação das mesmas articulações cartilaginosas da parede torácica anterior. Tietze pode ser distinguida da costocondrite por uma série de fatores: menor idade de início, predileção pela 2ª e 3ª articulação costo-condral, lesão unilateral ou única em mais de 70% dos pacientes e, principalmente, pela presença de edema (inchaço) local. Quando há mais de uma articulação acometida, elas tendem a ser vizinhas em um mesmo lado do tórax. O edema, a menor idade dos pacientes e o acúmulo anormal de contraste nas articulações à cintilografia sugerem uma natureza mais inflamatória na Síndrome de Tietze em comparação à costocondrite, mas aqui também as causas não estão bem estabelecidas.
Causas
Alguns fatores podem contribuir para o início da doença. Um golpe sofrido na área do tórax, desgaste ou inflamação da cartilagem, um traumatismo ligado a um movimento ou certos movimentos repetitivos pode contribuir para o início da síndrome de Tietze.
Estas articulações podem também ser acometidas em doenças sistêmicas, como artrite reumatóide, artrite psoriática, espondiloartropatias, entre outras.
Sintomas
A manifestação clínica inicial é uma dor aguda no peito, em associação com o inchaço das cartilagens acometidas, facilmente detectáveis no exame físico. A dor pode ser similar a de um ataque cardíaco, podendo levar à hiperventilação, ataques de ansiedade, ataques de pânico e paralisia temporária. Esta doença é considerada benigna, embora muitas vezes seja debilitante, desaparecendo dentro de 12 semanas. Contudo, em muitos casos o quadro pode ser crônico.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito basicamente por meio do exame físico e exclusão de outras patologias que apresentam sintomatologia semelhante. Alguns exames auxiliam no diagnóstico diferencial, como eletrocardiograma, radiografia torácica, ecografia e ressonância magnética.
Tratamento
Cursos breves de antinflamatórios, repouso e a aplicação local de calor são suficientes para a maioria dos pacientes. Infiltração local com corticóides e lidocaína (anestésico) ou bloqueio de nervo intercostal são indicados em alguns casos refratários.
Dor persistente pode se beneficiar de cursos curtos de pequenas doses de corticoides orais. Definir e evitar traumas ou exercícios repetitivos que possam estar provocando a situação. Exercícios de alongamento pareceram ajudar a evolução da costocondrite e da síndrome de Tietze.
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O que causa a síndrome de Tietze?
O que causa a Costocondrite?
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