A musculatura do CORE (centro – tronco) é a que compõe a região abdominal, lombar e cintura pélvica. Em conjunto com os músculos do quadril, formam o alicerce que sustenta a coluna e a bacia durante a prática de exercícios físicos. Isso influencia diretamente na transmissão de forças para manter a estabilidade dos membros inferiores e joelhos.
A fraqueza da musculatura do CORE pode gerar um desequilíbrio na ativação coordenada dos músculos dos membros inferiores durante a prática de atividade física (principalmente as que envolvem impacto, como a corrida e deslocamento lateral), diminuindo a eficiência dos movimentos e sobrecarregando as articulações.
Consequências da fraqueza do CORE
Quem sente dores na lombar tem um prejuízo na estabilidade do segmento central e comprometimento no controle de ativação dessa musculatura, gerando movimentos inadequados, traumas repetidos aos tecidos e ativação da dor. Uma cinta enfraquecida é um centro de força do corpo e uma coluna instáveis.
Um dos métodos mais completos que utilizam o fortalecimento do core é o Pilates. O Pilates tem o objetivo de proporcionar o fortalecimento, controle muscular, bem como a flexibilidade, auxiliando na melhora da postura e incentivo aos padrões de movimento funcional.
Dor lombar
Os músculos do Core são importantes estabilizadores da coluna. Quando estão enfraquecidos ou pouco ativados, o aluno sofrerá com instabilidade nesta região.
Agora lembre-se que a instabilidade é uma das prováveis causas da dor lombar e você entenderá a importância desses músculos.
Queda no desempenho
Vemos que atletas com má ativação do Core diminuem seu desempenho, seja em treinos ou competições.
Isso torna-se ainda mais importante quando ele chega à fadiga, já que começa a apresentar compensações graves e possivelmente lesivas.
Outras articulações
Não é só a lombar que sofre quando o Core não está ativado.
As compensações se espalham e o corpo pode começar a compensar com outras regiões, sobrecarregando articulações próximas como quadril, joelhos e tornozelos.
Problemas posturais
Sem a ajuda do Core, o paciente dificilmente conseguirá manter uma postura adequada, isso porque esses músculos são os principais responsáveis por manter a coluna estável e em uma posição fisiologicamente adequada.
Problemas na potência
Atletas enfrentam mais um problema quando estão sem ativar esses músculos. Eles também terão maior dificuldade de realizar movimentos que exigem potência já que o Core ajuda a realizar a transferência de forças pelas cadeias do corpo.
Dificuldades de joelho e tornozelo
O Core pouco ativado ou fraco também gera desvios no joelho e no tornozelo. Assim, o aluno poderá se lesionar ao correr ou praticar outras atividades físicas.
Estabilidade e fortalecimento do CORE
O fortalecimento do core tem sido utilizado em programas de exercícios voltados para a saúde e qualidade de vida. Este termo é muito utilizado para designar a região que se localiza no centro de gravidade, e o local onde se inicia a maioria dos movimentos. Portanto, o core é definido como sendo o complexo lombo-pélvico do quadril, composto por cerca de vinte e nove músculos, que se inserem no complexo lombo-pélvico do quadril e são responsáveis pela estabilização funcional desta região.
Um core é considerado eficiente quando a contração dos músculos ocorre de forma sinérgica, permitindo a manutenção da relação entre comprimento-tensão de músculos agonistas e antagonistas, que possibilitará a manutenção das relações das forças que atuam nesta região. Isso determina uma cinemática eficiente no complexo lombo-pélvico durante movimentos funcionais e também promovendo uma eficiência neuromuscular em toda a cadeia cinética, permitindo aceleração, desaceleração e estabilização de toda a cadeia muscular durante a execução dos movimentos integrados e dinâmicos.
Os desequilíbrios musculares constituem uma das causas mais comuns de lesões, pois, quando um músculo ou grupo muscular torna-se mais forte que seu grupo oposto, os músculos mais fracos ficam fadigados rapidamente, tornando-se suscetíveis a quadros de lesões. Uma das consequências desse desequilíbrio é a influência sobre a qualidade e o controle dos movimentos. Contudo, os desequilíbrios musculares são associados a alterações no padrão do movimento articular e redução da amplitude de movimento, podendo promover incapacidade na estabilização segmentar, causando, assim, perda de equilíbrio, aumento da viscoelasticidade nas estruturas sensíveis à dor, como músculos, articulações e ligamentos.
>>> Desequilíbrio torácico >>>
>>> Desequilíbrio da pelve >>>
Assim, o core é considerado uma ligação cinética que facilita a transferência de torques e momentos angulares entre as extremidades durante a execução de
movimentos de todo o corpo. Isso pode explicar o porquê do treinamento do core influenciar em variáveis que expressam a performance atlética, como a
exemplo da capacidade de correr.
Sugestões de exercícios para o treinamento do eixo axial ou core:
Prancha ventral: Decúbito ventral em 4 apoios, pernas estendidas e afastados nas largura do quadril, braços estendidos e alinhados com os ombros. Permanecer nessa posição pelo tempo determinado, contraindo ao máximo a musculatura do abdômen e glúteos, sempre cuidando com o alinhamento da coluna. Esse exercício possui inúmeras variações, podendo ser realizadas para aumentar o nível de dificuldade (exemplo: prancha unipodal).
Rotação de tronco: sentado com os joelhos flexionados (90 graus) e calcanhares apoiados no solo. Com uma bola nas mãos, realizar o movimento de rotação do tronco, para ambos os lados.
Extensão de tronco: Em decúbito ventral apoiado sobre o solo, ombros flexionados e braços estendidos, pernas estendidas e pés em flexão plantar. Realizar a extensão da coluna e do quadril, acionando toda a cadeia muscular posterior em contração isométrica.
Fortalecimento do quadril >
Exame 3D da postura, força e teste da pisada >
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