A existência de patela alta é um fator que pode predispor a falha do encaixe patelar. É importante, para a estabilidade articular, que haja encaixe correto da patela na troclea femoral enquanto o joelho flete.
Caracteriza-se pela patela se situar em uma posição mais alta que a média da população. Nem sempre a clínica tem quadro de dor, mas quando presente se apresenta com algia na região anterior do joelho.
Patela alta
A patela alta, em geral, faz parte do contexto de uma patologia chamada instabilidade patelar. Podem ainda ocorrer algumas outras alterações associadas, como a lateralização da tuberosidade anterior da tíbia (que aumentam a medida do TA-GT), anomalias no formato da tróclea femoral (região que articula com a patela) e a lesão do ligamento patelofemoral medial.
No entanto, nada impede que esta alteração seja isolada.
Biomecânica e a implicação da patela alta
A patela se articula na tróclea femoral, que funciona como um trilho para a patela movimentar-se. Toda vez que o joelho dobra e estica a patela corre sobre a tróclea. Quando ocorre a flexão, a patela desliza para baixo, toda a força é distribuída entre essas duas estruturas. Quanto mais homogêneo o movimento, melhor essa dissipação e menor a sobrecarga na cartilagem.
Um grande problema nessa articulação, é a desaceleração, que é quando, por exemplo, no movimento de descida de uma escada, na aterrisagem de um salto. Nesse momento que é preciso ter um bom padrão de contração muscular para evitar sobrecarga e é nesse momento também, que a patela alta pode dar problema.
Será que toda patela alta precisa ser rebaixada?
Não precisa!
Os procedimentos de rebaixar a patela, trazem bastante e dor, além de consequências prejudiciais devido ao mal funcionamento do joelho nessa posição rebaixada. Podendo levar também a outro problema, conhecido como patela baixa, que também causa problemas biomecânicos, portanto, mais dor e funcionamento lesivo.
A maioria dos casos é de origem congênita, mas havendo outras causas. A patela nesta posição costuma ser mais móvel, o que acarreta instabilidade da mesma e podendo levar a luxação durante práticas de atividade físicas ou esportes.
Quando recorrente estes episódios denomina-se luxação recidivante de patela. Este quadro pode evoluir com danos das cartilagens e até levar a artrose em alguns casos.
O tratamento normalmente é clínico, com fisioterapia para fortalecimento e reequilíbrio da musculatura. Em casos rebeldes a tratamento clínico pode haver indicação cirúrgica.
Existem inúmeros procedimentos para a correção da instabilidade patelar, de acordo com a combinação das alterações anatômicas.
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