O que é a Síndrome Pós Queda?
A síndrome pós queda é definida como o medo de voltar a cair, com consequências negativas no bem-estar físico e funcional dos idosos, no grau de perda de independência, na capacidade de realizar normalmente as atividades de vida diária (AVD) e na restrição da atividade física.
Mais corretamente chamada de Síndrome do Pós Queda, ela consiste no conjunto de sintomas psicológicos limitantes que se manifestam após um episódio de queda. Ela pode acometer qualquer pessoa que sofra uma queda, mesmo nos casos em que não há comprometimento físico ou neurológico. Porém é mais comum em idosos, pois, proporcionalmente, os episódios de quedas também são mais frequentes entre eles.
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Síndrome Pós Queda e a Ptofobia
Muitas pessoas confundem a Síndrome Pós Queda com a Ptofobia, que é o medo excessivo de cair. Quem sofre de Ptofobia sente um pavor descontrolado de permanecer em ortostatismo (posição de pé, ereta) e tem dificuldades de andar sozinho.
A Ptofobia pode se manifestar em diversas situações de distúrbios psicológicos, a partir de traumas ou acontecimentos marcantes, mesmo que não haja histórico de queda – que por sua vez é um fator indispensável para caracterizar a Síndrome do Pós Queda. É importante destacar que a Ptofobia é o sintoma principal da Síndrome, mas não é o único.
Isso ocorre porque a ansiedade expressada pelo idoso vai além do medo de cair e além da própria queda, pois envolve o medo de machucar-se, ser imobilizado, hospitalizado, ficar fisicamente dependente e ser incapaz de realizar suas atividades diárias.
O medo de cair, também chamado de Ptofobia (medo de assumir a postura em pé ou andar) é considerado, no meio científico, um importante problema de saúde para a população idosa desde os anos 80. Este sintoma está presente na Síndrome pós queda, mas idosos que não caíram também podem apresentar a fobia. Pessoas que sofreram quedas tendem a ter mais medo de cair e com isto aumentar mais a chance de cair novamente, como um ciclo vicioso.
Como identificar
Em um primeiro momento, o idoso evita demonstrar medo mas frequentemente encontra justificativas para não ficar de pé ou caminhar. Ele acredita que ao não se movimentar, estará menos exposto às chances de uma nova queda. Quando precisa caminhar, o faz com muita ansiedade e tensão, segurando-se em móveis ou pessoas e cambaleia para frente como se fosse cair a qualquer momento.
Como tratar a Síndrome Pós Queda?
Por tratar-se de uma condição psicológica com consequência física, é necessário adotar tratamento multidisciplinar com foco na reabilitação do idoso.
O medo de cair pode ser tão comum e tão incapacitante como uma queda, portanto, ele deve ser prevenido. Nos casos mais graves, o medo leva ao isolamento social, ansiedade, depressão, prejuízos na marcha e no equilíbrio acarretando novas quedas. O profissional da saúde pode utilizar ferramentas que avaliam a intensidade do medo auxiliando no planejamento do tratamento e avaliando sua eficácia.
Nesse momento, o desempenho da família é indispensável para o sucesso do tratamento. Deve-se tomar cuidado para não limitar o idoso nem interferir em sua autonomia, dado que esse comportamento reforça ainda mais o medo de cair.
A família deve ficar atenta para não reforçar o medo da queda. É comum que familiares, na tentativa de proteger o idoso, acabem contribuindo para a fobia, restringindo o idoso de atividades que ele costumava praticar, o lembrando sempre da possibilidade de novas quedas e interferindo na sua autonomia. É preciso que os riscos sejam diminuídos para que novas quedas sejam evitadas, mas deve se ter cuidado, também, em não restringir a pessoa idosa de sua vida social, impactando na qualidade de vida.
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