Síndrome do trato iliotibial
A síndrome do atrito da trato iliotibial (também conhecida como “joelho do corredor”) é uma das causas mais comuns de dores no joelho e no quadril em atletas.
A dor no joelho devido a síndrome do trato iliotibial é normalmente sentida ao longo do exterior do joelho (lateral) e da coxa inferior. A síndrome da banda iliotibial pode também resultar numa dor aguda ou persistente do lado de fora do quadril.
O que é o trato iliotibial
A banda ou trato iliotibial é uma camada densa de tecidos conectivos que se estende desde a espinha ilíaca ântero-superior (protuberância óssea na região anterior da pelve) ao longo da lateral externa da coxa e atravessa o lado externo do joelho até ligar à parte lateral de cima do osso da perna (tíbia).
Auxilia a movimentação e estabiliza a articulação do joelho e do quadril, mas a porção inferior do seu tecido conectivo, denso e fibroso passa por cima de uma saliência do fêmur (epicôndilo femoral lateral), o que pode gerar atrito e irritação.
O que provoca a síndrome do trato iliotibial
A síndrome do trato iliotibial ocorre quando existe atrito entre a parte inferior da banda que passa por cima do côndilo femoral lateral e uma saliência óssea do fêmur que está acima do joelho, causando dor ao flexionar e estender o joelho, geralmente na parte lateral.
Como o maior contato com o fêmur acontece logo após o contato dos pés com o solo (30 graus de flexão dos joelhos) e corredores de longas distâncias mantêm esse ângulo frequente, são as maiores vítimas da síndrome da banda iliotibial — ainda mais os que treinam exageradamente!
Na síndrome do trato iliotibial, você vai sentir a dor lateral na coxa aparecer só de apalpar, às vezes já no aquecimento e outras só nos últimos quilômetros, mas não vai enxergar vermelhidão ou hematomas (manchas escuras) na área dolorida.
Mais comum em corredores e ciclistas de longas distâncias, a síndrome pode também afetar atletas com os seguintes fatores predisponentes do encurtamento da banda: músculos tensos no quadril, pélvis ou perna; diferença de comprimentos entre as pernas; desalinhamento dos membros inferiores, como joelho varo, rotação interna do joelho, pé plano; e correr em superfície inclinada ou com calçado que cause desgaste na parte externa do calcanhar.
Importante acrescentar que a síndrome da banda iliotibial costuma ser confundida com a tendinite patelar devido os sintomas apresentarem-se semelhantes.
Diagnóstico da síndrome do trato iliotibial
O primeiro indício da lesão na síndrome do trato iliotibial é a dor que aparece durante o exercício, fazendo com que o atleta tenha que interromper os treinos. Com o passar do tempo, o incômodo pode passar para a lateral da coxa e da perna.
A síndrome do atrito iliotibial deve ser diagnosticada juntamente com o médico, que irá examinar o joelho à procura de sensibilidade e de tensão na banda iliotibial e prescrever o melhor tratamento. Este pode passar pela aplicação de compressas de gelo e uso de medicamentos anti-inflamatórios para ajudar a diminuir a inflamação e a dor.
Enquanto o joelho recupera, a atividade anteriormente praticada sem problemas, deve ser substituída por uma que não agrave a lesão, por exemplo, andar de bicicleta ou nadar ao invés de correr, ou reduzir a intensidade da atividade e procurar terrenos planos.
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Tratamento da síndrome do trato iliotibial
- Recorra a sessões de fisioterapia
- Faça musculação para fortalecer os abdutores do quadril. Alongamentos também são muito importantes!
- Substitua temporariamente a corrida ou ciclismo por caminhadas, bicicleta ergométrica (mas não pedale em pé!) ou natação
- Volte às corridas de forma gradativa, com progressão de esforço adequada e sob orientação.
- Em casos crônicos pode ser feito infiltração e até operação para liberação da banda iliotibial.
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Prevenção da síndrome do trato iliotibial
- Pratique aquecimento e alongamento, instruções aqui – ênfase na porção lateral da coxa
- Fuja dos tênis velhos, principalmente gastos demais no calcanhar
- Reduza volume e intensidade, e evite descidas se sentir dor
- Inverta o sentido da corrida nos percursos curtos e em terrenos inclinados para compensar os movimentos
- Fortaleça, use gelo e massageie os músculos
Retorno às corridas
Quando conseguir, sem sentir dor:
- Apalpar a região externa do joelho
- Correr em linha reta, em velocidade
- Dobrar todo o joelho, e esticá-lo
- Correr incluindo viradas bruscas, e fazer a figura do “8” em movimento
- Pular com ambas as pernas, sem dores
Gradualmente adicione treinos em declives na sua corrida
Corrida em colinas, especialmente em declive, aumenta a fricção sobre o trato iliotibial e é dura com os quadríceps. Na medida em que os quadris vão ficando fadigados, eles perdem a capacidade de estabilizar e controlar a posição de rastreamento do joelho, o que também aumenta o estresse sobre a articulação.
Perguntas frequentes
- Fortalecimento da musculatura do completo póstero-lateral do quadril.
- Tratamento R.I.C.E: a melhor maneira de tratar inicialmente a dor aguda, e permitir a recuperação muscular.
- Fisioterapia.
Então, o tensor da fáscia lata na sua face lateral se insere na crista ilíaca e próximo ao trocânter maior do fêmur adquirindo um aspecto tendíneo, chamado de trato iliotibial, correndo por toda a face lateral da coxa sobre o músculo vasto lateral se inserindo na tíbia.
O trato iliotibial (TIT) é uma faixa de tecido fibroso que se origina no osso da bacia (crista ilíaca) e a partir dos músculos tensor da fáscia lata, glúteo máximo e médio e termina na tíbia e na fíbula.
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