Tendinite patelar
Acredita-se que a tendinite patelar seja causada por esforços repetitivo sobre o tendão patelar durante o salto, principalmente durante a desaceleração, quando o atleta retorna ao solo.
Tendinite patelar é uma lesão muito frequente em atletas, principalmente aqueles que participam de esportes envolvidos na desaceleração, como vôlei, basquete, handebol, corrida de rua e futebol. Não relacionado com atividade física, costuma acometer portadores de doenças crônicas, como diabetes e insuficiência renal.
Fatores predisponentes incluem maior peso corporal, genu varo e geno valgo, um ângulo Q do joelho aumentado, patela alta, diferença no comprimento do membro, encurtamento das cadeias musculares, principalmente da posterior (isquiotibiais), desequilíbrio muscular e alteração do tipo de pisada.
Fatores ligados ao treino incluem falta de preparo físico direcionado ao esporte, técnica inadequada e aumento importante da intensidade e frequência da prática do esporte (Overtraining).
Sobrecarga nos esportes
Nos esportes que envolvem as articulações dos membros inferiores, o joelho é a principal articulação envolvida na absorção e transmissão da energia cinética gerada pelo contato do pé ao solo e transmissão do movimento aos demais seguimentos do corpo. Isto se deve a dois mecanismos básicos: a chamada contração muscular excêntrica, em que a fibra muscular contrai e é alongada, resistindo ao movimento sob tensão, e a concêntrica.
Em uma corrida, por exemplo, a força de reação ao solo, que chega a ser quatro vezes o peso do indivíduo é absorvida pela flexão do joelho, entre 50 e 60 graus, e pela resistência do quadríceps, ou músculo anterior da coxa, e o restante é dissipado pelo quadril e coluna vertebral.
A tendinite patelar ocorre da perda deste equilíbrio. De uma certa maneira, o quadríceps deixaria de absorver toda a energia cinética e o tendão patelar, sobrecarregado, sofreria micro-ruptura e degeneração em sua região de inserção na patela.
Sintomas da Tendinite Patelar
Quando forças causadoras de microlesões ou microrupturas são repetitivas, o suprimento metabólico do ligamento não conseguirá obter reparo de todas as fibras lesadas, dando início ao processo degenerativo do ligamento, tornando fraco, doloroso e predispondo a ruptura. Normalmente, a dor é referida na região anterior do joelho podendo ser agravada nas atividades esportivas ou diárias e na palpação do ligamento logo abaixo da patela. O início da dor é insidioso e bem localizada no polo inferior da patela.
O exame físico pode revelar os seguintes achados:
- Ponto de dor no polo inferior ou superior da patela, ou tuberosidade tibial
- Encurtamento dos isquiotibiais e quadríceps.
- Estabilidade ligamentar normal do joelho.
- Derrame intra-articular do joelho (raro)
A Tendinite Patelar, também conhecida como “joelho do saltador”, do inglês “Jumper’s Knee”, é uma patologia do tendão patelar normalmente relacionada às atividades esportivas que demandam saltos e desacelerações bruscas, como o vôlei, basquete, atletismo e futebol.
Se não tratada adequadamente, pode se tornar crônica (tendinose) e diminuir consideravelmente o rendimento do atleta. Em casos extrem-os, o joelho pode até ser completamente rompido. Por isso, alguns descrevem com uma tendinopatia, ocorrendo modificação das fibras de colágeno, pois não é somente uma inflamação.
Tratamento para tendinite patelar
- Modificação ou Adaptação de Atividade, que seria diminuir as atividades que aumentam a pressão femoropatelar (por exemplo, pular, agachar).
- Para os atletas, um programa específico e individualizado com o auxílio do preparador físico.
- Crioterapia, que seria aplicar gelo por 20-30 minutos, 4-6 vezes por dia, especialmente após a atividade.
- Melhoria do alongamento, incluindo os flexores do quadril e joelho (isquiotibiais, gastrocnêmio, iliopsoas, reto femoral, adutores), extensores de quadril e joelho (quadríceps, glúteos), da banda iliotibial, e o retináculo patelar.
- Reforço muscular, fortalecendo usando cadeia cinética fechada e exercício excêntrico (ou seja, fortalecimento unilateral – descidas – agachamento), instruções aqui >
- Avaliação marcha, detectando possíveis desequilíbrios musculares através da análise do dinamômetro isocinético e tratamento dos mesmos.
- Ortotripsia ou terapia por ondas de choque.
- Treinamento proprioceptivo específico, pliometria e retorno programado e assistido ao esporte.
Tratamento especializado e individualizado em Brasília / DF.
Quando se opera?
Em geral, após falha do tratamento conservador da tendinite patelar, indica-se o cirúrgico. Os dois principais procedimentos incluem a perfuração do polo envolvido e o corte da área acometida do tendão.
O objetivo da perfuração é aumentar o suprimento vascular para a área afetada. Recentemente, com o chegada da artroscopia do joelho, é possível que seja realizada sem a incisão anterior clássica. O segundo procedimento envolve o corte longitudinal do tendão envolvido. O principal benefício deste procedimento é que ele permitiria retirada de todo o tendão doente, com posterior cicatrização da lesão.
Perguntas frequentes
Repouso e compressas. No entanto, caso a dor não desapareça em 10-15 dias é importante consultar um ortopedista para iniciar a ingestão de remédios analgésicos e anti-inflamatórios, para diminuir a inflamação do local e aliviar a dor, além de iniciar fisioterapia.
Existem diversas hipóteses de porque a tendinite patelar ocorra. A mais aceita é de que, em algum momento, o músculo anterior da coxa perde sua capacidade de absorver o impacto por redução da qualidade de contração excêntrica, gerando sobrecarga ao tendão patelar.
[jetpack-related-posts]
Um Comentário