Edema da gordura patelar
Existe um tecido gorduroso vascularizado ou coxim gorduroso que se localiza ao redor da patela que quando inflama denominamos de edema da gordura patelar. A que fica acima é nomeada como suprapatelar e a que fica inferior de infrapatelar. Esse coxim gorduroso tem como função promover a redução do atrito na articulação do joelho, bem como o amortecimento diante de movimentos como a flexão e a extensão do mesmo.
O que é o edema da gordura patelar
Edema da gordura patelar é a inflamação do tecido gorduroso ao redor da patelar. A mais comum é a da infrapatelar, também chamada de Hoffite. Contudo, pode acometer a suprapatelar e a lateral.
Por isso, pessoas que praticam atividades de alto impacto ou realizam movimentos repetitivos na sua rotina diária, que sobrecarregam o joelho, são as mais frequentemente acometidas por essa condição clínica.
É essencial compreender que o que desencadeia o processo inflamatório são microlesões no coxim de gordura que normalmente surgem devido a uma carga excessiva. Essa, é ocasionada tanto por um trauma local, como por danos decorrentes da realização frequente de certos movimentos. Inclusive pode ser de baixo esforço, caso a pessoa esteja com sobrepeso ou com a musculatura fraca.
Sintomas
Destacamos que o paciente acometido pelo edema da gordura patelar apresenta dor ao redor da patela, que piora à medida que o quadro evoluí, e aos poucos perde sua mobilidade articular. Logo, comprometem-se movimentos como caminhar, correr, agachar e saltar.
Salientamos que, dependendo do estágio de desenvolvimento da patologia, é possível observar um inchaço da área acometida, devido ao processo inflamatório que circunda a articulação, bem como à hipertrofia do tecido gorduroso.
Vale destacar, mais uma vez, que esse aumento no tamanho da gordura está associado ao endurecimento e à dor no joelho, importantes indicadores para o diagnóstico clínico.
Causas do edema da gordura patelar
Uma associação com traumas agudos, diretos ou indiretos na região, assim como lesões por esforços repetitivos que sobrecarregam excessivamente o coxim gorduroso podem causar o edema da gordura patelar. É mais prevalente em pacientes que apresentam hiperextensão ou rotação excessiva do joelho durante a realização dos movimentos de extensão e flexão que envolvem essa articulação.
Então, a falta de fortalecimento dos músculos anteriores da coxa e do quadril é um fator comumente relacionado a esse quadro clínico.
Diante das causas citadas, é possível identificar os motivos pelos quais praticantes de modalidades como corrida, ciclismo ou outros esportes de alto impacto para o membro inferior, assim como pessoas que realizam muitos movimentos como agachamentos, apresentam maior risco de desenvolver a síndrome.
Diagnóstico
Por meio da associação entre o exame clínico – constituído por observação dos sintomas e coleta das informações sobre o histórico do paciente – e, em geral, da realização da ressonância magnética, conseguimos detectar o edema da gordura patelar.
Esse exame por imagem permite a identificação de microlesões e do processo inflamatório no tecido da gordura de hoffa e áreas adjacentes.
Tratamento do edema patelar
O edema da gordura patelar é tratada a partir de medidas que visam primeiramente reduzir a inflamação e os sintomas decorrentes desse processo, principalmente a dor e a perda de mobilidade.
Na sequência, busca-se eliminar a causa específica que promoveu o surgimento da condição clínica. Assim, evita-se que o quadro se torne recorrente e progrida cada vez mais, comprometendo a capacidade funcional do paciente.
Dentre as abordagens terapêuticas comumente relacionadas ao tratamento da síndrome de Hoffa e edema da gordura patelar, citamos:
- uso de anti-inflamatórios;
- utilização de bandagens funcionais;
- sessões de fisioterapia.
Os objetivos principais da fisioterapia são o alívio do quadro doloroso, seguido de aumento da força, da resistência e da flexibilidade da musculatura anterior da coxa e articulação patelo-femoral.
Tal abordagem terapêutica utiliza diferentes técnicas, e dentre elas estão a crioterapia, a termoterapia, a eletroterapia e o uso de ultrassom.
Além do citado acima, vale ressaltar a importância da avaliação do movimento articular e da força muscular no joelho para corrigir as posições viciosas.
À medida que o tratamento minimiza os sintomas, pode-se voltar gradualmente à prática das atividades físicas, mas respeitando os limites do corpo e de forma atenta para evitar a recidiva.
Marcar fisioterapia >
Marcar avaliação biomecânica >
Princípios do tratamento >
Um Comentário