Saiba mais sobre as lesões comuns:

>>> Na Corrida: fascite, tendinites nos membros inferiores, dor na perna, ruptura de menisco, edema ósseo, entorse de tornozelo, condropatia, lombalgia, neuroma de Morton.

>>> No Ciclismo: rotura dos músculos isquiotibias, dor anterior no joelho, neuralgia do nervo pudendo, bursite do ombro, compressão nervosa no punho, fratura de clavícula, estiramento muscular, dorsalgia.

>>> Na Natação: lesão SLAP, subluxação de ombro, tendinite do manguito, compressão de nervo, discinesia da escápula.

Lesões comuns no Triathlon

A palavra triathlon vem do latim e significa 3 combates. É um esporte novo e muitos ainda o desconhecem, onde há 3 modalidades esportivas em um só esporte: natação, ciclismo e corrida.

Surgiu em 1973, quando um grupo de sócios de um clube HAVAIANO WAIKIKI SWIN CLUB, tiveram que cumprir um desafio proposto pelo comandante John Collis para saber qual homem seria capaz de vencer as 3 provas; 3.5 km de natação, 180 km de bicicleta e 42 km e 195 m de corrida. Deram largada 15 homens, destes, 3 terminaram a prova. A partir de 1980 criaram-se distâncias menores.

OVERTRAINING x OVERUSE

Um problema que acontece com esses atletas de alto rendimento é o famoso overtrainingm que trás lesões comuns. Essa condição é extremamente prejudicial ao corpo humano, já que consiste em uma situação onde o praticamente do exercício físico faz mais atividade do que o seu corpo suporta, comprometendo o período de recuperação e deixando seu organismo mais vulnerável às lesões.

Uma dieta desregrada e a falta de um bom sono também contribuem para piorar o quadro.

Lesão por overtraining: o indivíduo malha, malha e não percebe ganho de massa muscular ou aumento da capacidade do sistema cardiovascular, aumenta a dose de exercícios, ao invés de correr 30 minutos, corre 1 hora… e quando ele começa outra atividade física para complementar o que ele já faz, encontramos o quadro de overtraining.

Anos atrás era exclusivo de atletas profissionais hoje a realidade é contrária e atinge alunos de academias e atletas amadores provocando as lesões comuns.

Sintomas:aumento da pressão arterial, aumento dos BATIMENTOS CARDÍACOS, diminuição sistema imunológico, insônia , irritabilidade, dentre outros.

Lesão por overuse:quando o problema não é o excesso de treino e sim a utilização exagerada de uma única estrutura / articulação do corpo; nos homens mais comum em membro superior e nas mulheres nos membros inferiores, sendo causa das lesões comuns.

Sintomas: dor atividade, dor atividade sem restrição, dor atividade com restrição e dor crônica incapacitante.

Lesões comuns na Natação

Entre os principais problemas que afligem os atletas de natação, podemos citar os seguintes:

Tendinite nos Bíceps: acontece, muitas vezes, por conta do desequilíbrio muscular entre os músculos conhecidos como rotadores. O resultado desse problema é uma inflação ao longo do tendão do braço que acaba em uma dor bastante incômoda e uma hipersensibilidade na área do músculo.

“Ombro de Nadador”: trata-se da lesão mais comum do esporte. Ela ocorre por uma inflamação no tendão do supraespinal e gera um trauma na região. Os pacientes que possuem esse problema começam a sentir um déficit de força e a doença costuma acontecer graças a uma má postura de treinamentos, excesso de exercícios e a falta de apuração na técnica de natação.

A principal maneira de evitar problemas como esse é o fortalecimento dos músculos para a prática da modalidade, ou seja, o tratamento preventivo.

Síndrome do estresse colateral medial: Problema que acontece no joelho dos nadadores, ele está relacionado, na maioria dos casos, aos atletas que nadam peito. Uma má angulação nas pernas, para dar impulso e empurrar a água, acaba gerando uma lesão cumulativa que resulta nessa síndrome. O problema costuma gerar uma dor bastante forte ao paciente e chega a precisar de fisioterapia para voltar ás atividades.

É possível trabalhar para evitar a doença melhorando a técnica do nadador e praticando exercícios de força, buscando melhorar o poder muscular das pernas.

Síndrome Patelofemoral: Essa complexa denominação nada mais é do que uma dor bastante incômoda na região da patela do joelho, ou seja, no osso que fica “saltado” nessa articulação. O problema surge devido ao grande stress que algumas atividades podem gerar, como a natação e vários outros esportes.

Essa lesão também precisa de acompanhamento médico para ser curada e, em alguns casos, necessita de fisioterapia analgésica, buscando diminuir as dores no local.

Lesões comuns no Ciclismo

Lombalgias: O problema mais comum para os ciclistas são as dores nas costas que podem acontecer por vários problemas diferentes. Entre as principais causas da lombalgia, vale o destaque para: desvio de postura, desequilíbrio muscular, ajuste ruim do equipamento e o impacto dos terrenos muito acentuados.

Para um tratamento adequado é preciso procurar um bom ortopedista para o diagnóstico ser preciso e não tratar o problema de maneira errada. Alongamentos, ajuste nos equipamentos e, em alguns casos, fisioterapia costumam ser os tratamentos corriqueiros para o problema.

Cervicalgia: Também considerada uma dor nas costas, o problema acontece nas vértebras próximas à cabeça. A doença acontece por impactos fortes na região e por manter o pescoço na mesma posição por muito tempo. O tratamento, assim como para a lombalgia, consiste em exercícios localizados para o não comprometimento da movimentação da região.

Ciatalgia: Conhecida, também, pela alcunha de síndrome do piriforme, o problema afeta o nervo ciático dos pacientes. O nervo, que fica na região do quadril e os atletas de triathlon apresentam esse problema devido à uma compressão exagerada da região. A postura na bicicleta, por exemplo, pode contribuir para a patologia.

Os tratamentos para o problema consistem em remédios para a dor e fisioterapia no local, para descomprimir o nervo e melhorar a postura do atleta.

Tendinite no Joelho: As articulações dos joelhos são as regiões mais utilizadas pelos ciclistas durantes suas provas e treinamentos. E a patologia mais comum dos praticantes da modalidade é a tendinite. E esse problema surge graças à pedalada errada ou graças a uma sobrecarga na região, como treinamentos excessivos nas subidas.

Para evitar que o problema no tendão surja, é preciso ter uma bicicleta ideal para o tamanho do paciente e praticar a pedalada de maneira correta, sem abrir ou fechar muito o joelho. Em casos de problemas, é preciso fazer fisioterapia ou tomar remédios analgésicos, sempre receitados pelo médico ortopedista.

Traumas de Alta Energia: Essa nomenclatura é utilizada no meio médico para descrever os traumas oriundos de acidentes com as bicicletas. E, infelizmente para os praticantes do ciclismo, eles acontecem em várias partes do corpo, como: pés, ombros, coluna, joelhos, tornozelos e braços.

As fraturas podem variar dependendo, claro, do nível do acidente. Utilizar equipamentos de proteção, como capacetes, joelheiras e cotoveleiras podem ajudar na redução dos danos, mas não são garantias de que esse problema não vai acontecer. O ideal é, em caso de acidente, procurar imediatamente um médico ortopedista para que ele analise o nível dos traumas e possa tomar as precauções necessárias para corrigir as lesões.

L esões comuns na Corrida

Tendinite de Aquiles: Também conhecida por tendinite do calcâneo, o problema é degenerativo e atinge a região de trás do calcanhar. Trata-se de uma das lesões mais comuns no triathlon e consiste em uma inflamação na região do calcanhar. Caso não tenha o tratamento adequado, pode evoluir para um rompimento total ou parcial do tendão.

Entre as causas mais comuns para o surgimento da enfermidade estão a prática de corrida em subidas, treinamentos excessivos e tensão acima do normal na região. A melhor maneira de tratar o problema consiste em fisioterapia, mas também existem técnicas externas, como laser para cicatrização e aplicação de compressas de gelo.

Fraturas por estresse: Um problema bastante incômodo acontece devido à fadiga e desequilibro muscular, que afetam a absorção do impacto sobre o osso. As fraturas por estresse são pequenas, em geral microscópicas, mas que precisam de atenção e cuidados para não se tornarem fraturas maiores e visíveis em exames de imagem. O excesso de treinamento e o uso de equipamentos, no caso tênis, errados acabam resultando nesse tipo de problema.

Distensão Dos Músculos Adutores: Esses músculos são os responsáveis por ajudar no fechamento da perna, movimento fundamental para os atletas corredores. Entretanto, quando acontece uma “overdose” de exercícios, os músculos se desgastam e podem estirar ou se romper, gerando um problema bastante incômodo ao atleta.

O tratamento para esse tipo de problema é bastante simples, envolvendo descanso, remédios analgésicos e, em casos muito graves, fisioterapia. Um médico ortopedista, munido do histórico do paciente e com alguns exames, pode receitar a melhor solução.

Entorse no Tornozelo: A chamada “virada de pé” possui esse nome médico: entorse. Causada por uma falha na pisada, o impacto pode ser forte o suficiente para gerar uma lesão no tornozelo, o que faz com que a corrida do paciente fique comprometida por um tempo. O problema não costuma ser grave, mas em alguns casos pode gerar um grande incômodo e sensibilidade na região.

A entorse precisa ser observada, pelo menos no início, para ter a certeza de que não houve rompimento de nenhum ligamento, sendo “só” a torção a ser tratada. É possível que o médico recomende uma tala para ajudar na sustentação do corpo e a suspensão de atividades físicas até o sumiço da dor e consequente volta da pisada correta. O problema, dificilmente, exige cirurgia.

Joelho de Corredor: Outro problema bastante conhecido dos praticantes de corrida é a síndrome do trato iliotibial ou, como é chamada, “joelho de corredor”. Conhecido pela dor bastante persistente, o problema é uma inflamação aguda que provoca dor na região “de fora” do joelho.

A lesão é conhecida por atingir corredores que praticam longas provas, mas também atinge os fundistas. Não se sabe exatamente o porquê de seu surgimento, mas especula-se que um treinamento incorreto e correr em superfícies irregulares contribuam para o surgimento do problema.

Para se livrar do problema é preciso seguir o planejamento do ortopedista, tratando tudo com fisioterapia e melhorar os desequilíbrios musculares do corpo. A volta às atividades é feita de maneira gradativa.

Fascite Plantar: Dentro da anatomia do nosso pé existe uma membrana que é a responsável por ajudar na sustentação do corpo, a fáscia plantar. Ela, além de sustentação, recobre a sola do pé do osso do calcanhar até os dedos dos pés e, em casos de práticas esportivas de alta intensidade, acaba inflamando e gerando dor. Esse problema é conhecido como fasceíte plantar e gera um tremendo incômodo aos pacientes.

O estiramento excessivo dessa membrana, aliado a microlesões, resultando na fasceíte. Um médico ortopedista, de posse de todos os exames necessários, conseguirá passar um tratamento simples para que o paciente volte às suas atividades.

A ideia é diminuir a inflamação para ir melhorando o quadro de dor e, aos poucos, fazer o paciente retomar a rotina. Em casos mais extremos, a fisioterapia também é adotada. Remédios para dor e palmilhas também fazem parte do tratamento, dependendo do tipo de pisada do paciente.

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Referência

– Lesões no triathlon: uma revisão de literatura

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