Luxação de Patela
A patela é um osso móvel e em formato triangular que fica na parte da frente do joelho. Tem a função de transmissão de força. Quando a patela sai da sua posição correta e se desarticula do sulco femoral (fêmur) acontece a Luxação Patelar.
Quais as causas da luxação de patela
Apesar da lesão luxação de patela não ser tão comum, algumas diferentes causas podem resultar na Luxação Patelar. Entre elas estão situações de predisposição, ou seja, condições que o paciente já possui e que podem resultar na luxação.
O joelho valgo é um dos fatores de risco de deslocamento da patela. Nesses casos, a pessoa tem as pernas em formato de X (os joelhos ficam unidos e os pés afastados) e a patela fica mais suscetível à luxação.
O mesmo ocorre quando os músculos que ajudam a sustentar a região são fracos, como no caso do vasto medial oblíquo – músculo do quadríceps – ou quando há algum dano no ligamento patelo-femoral medial. Além disso, é comum que a patela alta também seja causadora de lesões recorrentes. Nesses casos, o osso fica projetado mais acima na coxa do que o normal.
Tróclea, região anatômica onde a patela desliza, rasa, que apresenta o maciço ósseo lateral reduzido ou deformado. Desalinhamento da inserção do tendão patelar na tíbia, mais lateralizada (>20mm de TA-GT), criando uma força lateral de tração patelar excessiva.
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Todas essas causas de luxação de patela citadas acima compõe a chamada instabilidade femoropatelar. Numa linguagem mais simples, essas situações fazem com que o local esteja desprotegido, sem reforço e vulnerável para ‘sofrer’ a Luxação de Patela.
Mas também é possível luxar a patela (rótula) por conta de um trauma. Alguns exemplos: uma bolada muito forte no local, uma queda com torção do joelho, um exercício físico mal realizado, entre outros.
A literatura médica mostra que as mulheres apresentam a maioria dos casos de luxação de patela, especialmente se tiverem as características de instabilidade patelofemoral.
Como tratar a Luxação de Patela
O primeiro passo para tratar uma luxação de patela é recolocar o osso no lugar (técnica de redução). O processo ajuda a aliviar a dor e o desconforto, mas é apenas o início do tratamento.
Por isso, nos casos únicos (primeira luxação), o mais comum é imobilizar a região e permanecer em repouso. Durante esse tempo, o paciente pode fazer usos de medicamentos indicados pelo especialista, bem como aplicação de gelo para ajudar na diminuição do inchaço.
Depois disso, o importante é fortalecer a região com exercícios para os músculos das pernas, como medida de prevenção da luxação de patela. Músculos, ligamentos e todas as estruturas precisam estar fortes e preparadas para retornar às atividades reduzindo ao máximo o risco de uma nova lesão, evitando o valgo dinâmico (joelho para dentro) e rotação interna do membro inferior.
Uma articulação forte tem bem menos chances de se desestabilizar. Aqui entra a fisioterapia e outros exercícios liberados pelo médico. Análise da marcha com fortalecimento direcionado está indicado. Pode usar joelheiras em situações de estresse no joelho, como esportes e esforço físico, ou andar em terreno irregular.
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Eu preciso operar uma luxação de patela?
Os casos recidivantes de luxação de patela são um pouco mais complicados e requerem mais atenção. Em geral, se o paciente sofreu mais de uma Luxação Patelar é sinal de que existe algum fator de instabilidade femoropatelar. Para descobrir o que está causando as lesões, o médico deve realizar diversos exames e investigar qual a causa.
Nessas situações é comum que haja encaminhamento cirúrgico para evitar que a instabilidade provoque lesões osteocondrais graves. Uma das técnicas mais utilizadas nesses casos é a reconstrução do ligamento patelofemoral medial (LPFM), e, em algumas situações, associado com osteotomia da TAT e liberação do retináculo lateral da patela.
A indicação de tratamento operatório na primeira luxação ocorre quando tem uma fratura da patela na inserção do ligamento patelofemoral ou uma lesão osteocondral grande, que nesses casos tem indicação de osteossíntese com parafuso.
Tratamento especializado e individualizado em Brasília / DF.
Prevenção
A fisioterapia ajuda na recuperação, mas é importante lembrar-se de cuidar sempre do joelho, não só após uma Luxação da Patela. Fazer exercício físico regularmente é o melhor método de tornar a articulação forte e preparada.
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Procure um ortopedista e informe-se sobre como manter o seu corpo saudável e protegido.
Perguntas frequentes
Diferentes graus de displasia da tróclea femoral podem comprometer a eficácia deste estabilizador estático contribuindo para uma maior instabilidade da articulação femoro-patelar. Veja a classificação de Dejour >
A borderline seria o tipo A.
A assimetria das facetas patelares também contribui para uma diminuição da congruência patelar. O ratio normal da faceta lateral para a medial é de 3:2, ou seja, a faceta lateral é maior e mais oblíqua correspondendo ao côndilo femoral lateral maior e mais largo.
Deslocamento lateral da patela com sua permanência na face lateral do joelho por duas ocasiões ou mais (sete casos) e para a subluxação em extensão, definida como a subluxação da patela em todo esforço ativo de extensão e redução espontânea, podendo predispor a instabilidade patelar.
A patela é um osso em forma de triângulo que se localiza na região do joelho. Basicamente, sua função é reduzir a força necessária para mexer o joelho e proteger essa articulação. Quando ocorre a instabilidade patelar, significa que ocorreu um deslocamento de posições e a patela saiu de seu eixo de movimento, ocasionando em perda de funcionalidade.
Geralmente a pessoa fica imobilizada por até 20 dias voltando à mobilidade normal após, no tratamento da primeira luxação da patela, mas quando a partir do segundo episódio, não precisa mais imobilizar, sendo preciso fazer fisioterapia. Caso permaneça instável, avaliar tratamento operatório.
A Luxação da Patela é o deslocamento lateral da patela que sai da sua posição anatômica normal.
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