Lesão do Tendão Patelar
A ruptura do tendão patelar ocorre quando o tendão está predisposto em caso de tendinopatia ou dano parcial.
A degeneração lenta do tendão é um fator de risco para as lesões mesmo com um alongamento não-violento, os idosos estão predispostos porque com a idade o tendão envelhece e as fibras mudam de forma.
Geralmente esse tipo de lesão ocorre quando o quadríceps (músculo da coxa) exerce uma força de contração muscular muito forte. Isto ocasiona uma tração excessiva no tendão causando sua ruptura. Ele pode ser lesionado também por traumas cortantes e contusos na região anterior do joelho onde ele esta localizado.
Pessoas com tendinopatia (doenças inflamatórias que atingem os tendões), tal como a tendinite patelar, geralmente deixam o tendão enfraquecido e mais propenso para ocorrer um ruptura, sendo muito comum essa evolução em pacientes jovens (< 40 anos) que praticam atividade física (desde de atletas amadores, recreacionais ou de alta performance), desenvolvem a tendinite patelar, não fazem o tratamento adequado podendo desenvolver uma ruptura posteriormente.
E, por fim, outro motivo, é o fato do paciente apresentar algum defeito anatômico ou do alinhamento do joelho. Essas condições obrigam o tendão a trabalhar de forma incorreta, criando uma disposição à inflamações (tendinites).
Tendão Patelar
O tendão patelar está localizado na articulação do joelho e conecta o tendão do quadríceps e a patela com a tíbia. Os tendões são estruturas de tecido conjuntivo fibroso que surgem do músculo e têm inserção no osso, são os meios de união entre estas estruturas.
É um tendão diferente porque se parece com um ligamento (um cordão fibroso que conecta dois ossos) neste caso, a patela e a tíbia. Na verdade, a patela é uma continuação do tendão do quadríceps, serve para transmitir força do músculo quadríceps para a tíbia para estender o joelho.
Qual o grupo de risco?
Pacientes com tendinite crônica, idade avançada e com a apresentação de anomalias nos membros inferiores, os atletas também são os mais atingidos pela lesão do tendão patelar.
Jogadores de futebol e outros atletas sofrem riscos de uma ruptura, como por exemplo, halterofilistas que sobrecarregam os membros inferiores no levantamento de pesos. Os atletas saltadores como os jogadores de voleibol e basquetebol que, repetidamente utilizam o salto durante a prática esportiva.
Sintomas da ruptura do tendão patelar
O primeiro sinal da ruptura do tendão patelar certamente é a dor no joelho. O paciente acometido pela ruptura também pode sentir dificuldades e desconforto quando flexionar ou esticar o joelho. Além da dificuldade de movimentos e da dor, a região patelar também poderá apresentar vermelhidão e inchaço.
Em casos mais graves, quando há ruptura completa do tendão, a lesão é palpável, já que a patela é deslocada para cima. Isto é causado pela tração da musculatura do quadríceps, desprendendo-se assim da tíbia ou da parte inferior da patela.
Diagnóstico
O diagnóstico da ruptura do tendão patelar é muito simples de ser verificado. A princípio o médico realiza uma série de exames clínicos pontuais na região. Após identificar o tipo de comprometimento no paciente, o individuo é encaminhado para realização de exames de imagem.
Geralmente a ruptura é identificada em ultrassonografia ou ressonância magnética, pois mostram com clareza todas as estruturas dessa região. Em alguns casos, o médico também pode solicitar uma radiografia, para verificar possíveis fraturas na região do osso da patela.
Tratamentos da lesão do tendão patelar
Eu preciso operar uma ruptura do tendão patelar?
Geralmente quando a lesão é parcial e que não compromete o mecanismo extensor do joelho, não é necessária a cirurgia. A fisioterapia com exercícios e meios analgésicos, o repouso e a hidroterapia são as formas de tratamento.
Porém, na ruptura do tendão patelar, quando a lesão é completa e incapacitante, inevitavelmente o paciente terá que ser submetido a uma cirurgia do joelho. Nesse procedimento, é realizado a sutura do tendão rompido. Pode ser necessário a reconstrução com enxerto de outros tendões do joelho. Os tendões mais utilizados como enxerto são as da pata de ganso (grácil e semitendíneo). São tendões secundários e que tem sua força restabelecida após alguns anos, não constituindo problemas para o paciente.
Após o médico constatar a necessidade de operação, esta deverá ser realizada em até 3 semanas. Quanto mais precoce for o procedimento, melhores serão os resultados no pós-operatório. Em virtude da contração do quadríceps durante a lesão, a patela é deslocada para cima. Após 3 semanas, dificulta o restabelecimento da patela na sua posição normal.
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Prevenção
A prevenção da ruptura do tendão patelar é feita com base em fortalecimento muscular gradual. O quadríceps precisa estar forte o suficiente para realizar as atividades de extensão do joelho sem que haja uma sobrecarga no tendão patelar. Qualquer presença de dor durante ou após a prática esportiva na região do tendão deve ser avaliada por um médico ortopedista especialista em cirurgia do joelho o mais breve possível, para que não evolua para a ruptura.
Perguntas frequentes
A rutura ou rotura do tendão patelar pode ser parcial ou total. Ela pode ocorrer dentro da estrutura do tendão ou na junção osteo-tendínea (descolamento); podendo ou não conter fragmentos ósseos. Isso é importante para o planejamento e decisão da técnica cirúrgica.
O mecanismo típico de lesão em um tendão normal é a contração excêntrica violenta do músculo quadríceps com o pé fixo ao chão e o joelho em desaceleração na aterrissagem de um salto.
Nas rupturas de um tendão patológico não há a necessidade de mecanismo de lesão tão violento. A inflamação crônica altera as características do colágeno das fibras do tendão, causando micro-rupturas até a ruptura completa.
Para entender um pouco mais, o tendão patelar é a estrutura do joelho que liga a patela à tíbia. Faz parte do que é chamado mecanismo extensor do joelho, juntamente com o músculo anterior da coxa (quadríceps) e seu tendão e a própria patela.
O tendão patelar é um ligamento que conecta dois ossos (patela e tíbia) e integra o aparelho extensor do joelho. O mecanismo típico da lesão do tendão patelar é a contração excêntrica violenta do músculo quadríceps com o pé fixo ao chão e o joelho flexionado na aterrissagem de um salto.
Existem dois tipos de tratamento para a lesão do tendão patelar, o tratamento conservador, indicado para os casos menos graves, e o tratamento cirúrgico, que é indicado quando há lesão total do tendão ou, parcial maior que 50% da massa total do mesmo, estando este último com características degenerativas exuberantes.
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Olá, tive esse resultado em uma ressonância,Importante espessamento e alteração do sinal do tendão patelar comprometendo principalmente a sua inserção na patela ao se evidencia ruptura parcial de 1,5 cm Intrassubstancial.
Me ajude, fiz uma cirurgia a 2,5 meses que eu tinha a mesma ruptura de1,5 mais tendinose e bursite infrapatelar profunda. Agora dia 29/04/2019 fiz esta ressonância que aponta somente esta ruptura sem tendinose e bursite.
Precisarei operar novamente ou tem possibilidade de tratamento conservador por favor me ajude.
Olá, Jefferson, lembrando que não estou te avaliando no consultório, então é só uma opinião. É difícil falar sobre o procedimento, pois não estava presente, mas a ruptura permanece e você fez a cirurgia, pois devia estar com sintomas (dor, perda de força etc). Como foi relatado, após o procedimento, está sem tendinose e bursite. Tem de responder a pergunta, melhorou da dor? Caso positivo, e a lesão é intrassubstancial, não precisa repetir o procedimento. Caso negativo, está com dor e sintomas limitantes, tem de refazer o procedimento operatório, com correção da lesão. Existe uma outra opção antes da cirurgia, que não sei se tentou, que é a ortotripsia -> https://www.meujoelho.com/info/tratamento-com-ortotripsia-ondas-de-choque/